Acadêmicos da Uno visitam propriedade ecológica em Guaraciaba

Bioconstrução

Texto Ana Vertuoso*

 

O papel de um arquiteto e urbanista abrange diversas áreas, do projeto à execução. É preciso conhecer as melhores técnicas e materiais para cada obra e também, como associar o conforto humano com o meio ambiente. Nessa hora, disciplinas como Responsabilidade Socioambiental, oferecida para o curso de Arquitetura e Urbanismo da Unochapecó se mostram fundamentais. No dia 14 de setembro, os acadêmicos que cursam a disciplina neste semestre puderam visitar uma bioconstrução na cidade de Guaraciaba.

A turma de Responsabilidade Socioambiental deste semestre

Durante a atividade, o grupo, que também contou com estudantes de Administração, Agronomia, Design e Farmácia, tiveram a chance de aprender mais sobre esse tipo de casa que valoriza o ambiente ao seu redor. Desde a concepção até a finalização, as bioconstruções combinam técnicas milenares com inovação tecnológica, para garantir a sustentabilidade não só do processo construtivo, mas também do período posterior a ocupação da casa. 

A propriedade visitada começou a ser pensada em 2012, quando os proprietários iniciaram a busca por opções menos agressivas e mais harmoniosas com o meio. Nesse caso, o local da construção faz divisa com uma mata e um riacho. Ao longo de três anos, o casal estudou projetos de bioconstrução e construiu a casa utilizando uma técnica conhecida como 'COB', que permite que a casa seja moldada conforme a criatividade dos donos, com uma mistura de argila, palha e areia. Ao todo, os proprietários realizaram sete testes da mistura até chegarem no ponto ideal do material. 

Além do COB, a casa mista também utilizou madeira de reflorestamento, tijolos de demolição e pedras da região. Durante o processo, o casal construiu uma maquete para aplicar os testes e avaliar a melhor posição para que a casa tivesse uma boa iluminação. Na parte interna, todos os móveis foram construídos pela família, doados ou comprados usados. 

O casal responsável pela bioconstrução ainda trata seus resíduos, não utiliza agrotóxico na horta de forma a não contaminar a água e mantém a floresta nativa conservada. "É perceptível a dedicação e a persistência em estudar cada detalhe da construção, do destino dos resíduos, da horta, da agrofloresta. Uma verdadeira inspiração para pensarmos a sustentabilidade", salienta a professora da disciplina, Eliara Solange Müller.

 

A casa demorou três anos para ser concluída

Formação diferenciada

Além do uso de tecnologias e equipamentos modernos, o contato com propriedades modelo da região completam a formação de profissionais diferenciados. Para a estudante do segundo período de Arquitetura e Urbanismo, Micheli Reis, a visita técnica até Guaraciaba proporcionou grandes atribuições ao conhecimento adquirido em sala. 

"Foi possível sentir e ver os materiais utilizados, entender mais sobre a construção, as dificuldades que o casal enfrenta, e também, perceber que existem inúmeras formas de colaborar com o meio em que vivemos. Além disso, é significativo lembrar que as pessoas que lá vivem são acolhedoras, humildes, e trazem consigo uma incrível energia. Isso é algo que o ambiente também nos proporcionou, um local de paz e harmonia", comenta.

 

*Estagiária sob supervisão de Gabriel Kreutz

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