Artista de Uberlândia expõe obras na Galeria Agostinho Duarte da Unochapecó

Caverna

Texto Ícaro Colella* 

 

Caverna. Em uma pesquisa simples define-se como toda cavidade natural rochosa com dimensões que permitam acesso a seres humanos. Mais do que permitir a entrada, a nova exposição da Agostinho Duarte tem o objetivo de resgatar memórias e sentimentos profundos, em obras que chamam atenção pelas cores vibrantes e pela escrita nada peculiar. Intitulada "Caverna", a nova mostra da artista mineira, Alessandra Cunha, estará na Galeria da Unochapecó, disponível para visitação a partir das 19h desta quinta-feira (31/10). A exposição ficará na galeria até o 14 de novembro.

A exposição contém 12 pinturas com técnica mista sobre lona 

O título Caverna vem do fato de que cada relato, pintado e escrito, trata-se de um mergulho na alma. As cores e desenhos expressam a escavação de memórias profundas. As 12 pinturas expostas contém escritas ao contrário, que dificultam um pouco a leitura e o entendimento do texto. Segundo a artista, isso acaba repelindo os menos interessados ou provoca uma aproximação com pessoas que dedicam um tempo em ler e espelhar as palavras. No caso da série Caverna, o tema é bastante intimista. A artista traz frases como se escrevesse em um diário. "Depois de pintar, escrevi desabafos, relatos particulares, porém invertido, palavras espelhadas. Como se não quisesse deixar as pessoas lerem". 

Nascida em Uberlândia, Minas Gerais, Alessandra se formou em Artes Plásticas e sempre teve o desejo de trabalhar como artista, produzir e expor as pinturas pelo mundo. Ela conta que desde 2013 conseguiu dedicar todo o seu tempo e esforços para a arte, e que sempre procura levá-la aos mais variados lugares possíveis. "É um enorme prazer poder expor em Chapecó, que é a terceira cidade que recebe minhas pinturas este ano, no estado de Santa Catarina", conta. 

Alessandra comenta que percebe uma tendência nos jovens de hoje: fotografar e inverter as imagens, o que causa um espelhando das pinturas. Então, mesmo que ela tente esconder o que foi escrito, que é algo pessoal, o público dá um jeito de decifrar. E esse é justamente o objetivo, que combinado com as cores, quase dramáticas e quentes, refletem essa ligação particular. "Essa aproximação e contato é um retorno agradável do público. A escrita invertida vem do método criativo das gravuras. Isso também é uma característica da produção em metal, que pratico bastante. A padronização do conjunto, pelas cores e movimentos das pinceladas também fazem parte de um modo produtivo muito próximo ao método de produção de gravuras", ressalta.

 

*Estagiário sob supervisão de Gabriel Kreutz

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