As páginas que abrem a imaginação

Feira do livro
Texto Jordane Sartoretto e Vanessa Marquezzan*

 

Muito mais que um papel escrito ou desenhado, as páginas dos livros transportam os seus leitores para o mundo da imaginação. Ao ler as primeiras palavras, um novo lugar surge em nossa mente. É mais ou menos como a sensação de ver os corredores da 2ª Feira do Livro, organizada pela Unochapecó e Secretaria de Cultura de Chapecó, se modificarem com a chegada de milhares de crianças. O silêncio logo foi rompido pelos gritos de animação e encanto dos alunos ao entrarem no universo da leitura.

Ao folhear o livro 'Dorinha e seus sapatos', Isabelli da Rosa ficou apaixonada pela história. "Eu gostei dele porque fala sobre a criatividade das crianças e traz um montão de desenhos". A menina de oito anos, aluna da Escola Básica Municipal São Cristóvão, de Chapecó, estampava em seu rosto a alegria por ter escolhido o livro.

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Durante o passeio pela Feira, os estudantes, junto com seus professores, puderam escolher os livros que já têm espaço reservado nas prateleiras da biblioteca. Isso foi possível através do vale livro disponibilizado para as escolas visitantes. Ele serviu como moeda de troca, que possibilita ampliar o acervo de obras disponível aos alunos. A iniciativa contou com a ajuda de doações de empresas e da população para incentivar o desenvolvimento cultural.

O simples ato de levar novas histórias para a sua escola, por meio do vale livro, mostra às crianças a importância da leitura e desperta nelas o desejo de aprender cada vez mais. Para a professora da escola, Sonia da Silva, a literatura é muito importante, por isso precisamos incentivá-los a essa prática. “Ela desenvolve a fala, a escrita, a leitura e o processo de aprendizagem das crianças”.

 

Amor pelos livros

No meio da turma de crianças da Escola São Cristóvão, Mayza Becker era mais uma encantada com aquele universo. Só observando ela de longe, já ficou visível a forma carinhosa que olhava para os livros. Seu olhinho brilhou ainda mais quando encontrou um da coleção de Harry Potter, que segundo ela são os seus preferidos. “Eu amo ler, de verdade, eu tenho quatro prateleiras cheinhas de livros lá no meu quarto, não cabe mais nada lá. Os cinco do Harry Potter são os meus favoritos”, conta, muito empolgada.

Com apenas oito anos, Mayza já demonstra o sentimento de gratidão que sente pelos livros. “Ler é muito importante para o nosso pensamento, para sermos mais inteligentes e criativos. Os livros fazem com que possamos viajar e conhecer novas histórias. Os que compramos hoje, vão divertir bastante todos os alunos, aqui tem vários livros que não tem lá na escola”, comenta a pequena.

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A leitura alimenta sonhos e, muitas vezes, transforma o futuro. Por isso, ter contato com esse universo mágico e ao mesmo tempo carregado de conhecimento, desperta nos alunos a vontade de querer ler cada vez mais. “É muito interessante porque estamos escolhendo junto com os alunos os livros que vão para a escola, com isso, as crianças têm mais encanto em ler e contar as histórias”, comenta a professora Sonia.

 

Legado da Feira

Durante os seis dias de Feira, mais de 25 mil pessoas, entre estudantes de escolas públicas e privadas e a população em geral, passaram pelos estandes para visitar os espaços e adquirir livros. Para o membro da comissão organizadora do evento, Jonatas de Oliveira, a Feira teve uma avaliação positiva. “Acredito que o diferencial foi termos outras atividades artísticas e culturais acontecendo naquele mesmo espaço. Essa característica multilinguagens proporcionou um maior engajamento, por ser uma programação inovadora”, comenta.

Além de visitar os espaços e participar das atividades que estavam acontecendo, a distribuição do vale livro fomentou a comercialização e fez com que as crianças e os adolescentes tivessem a experiência de adquirir uma obra. Ao todo, foram distribuídos aproximadamente R$ 40 mil em vales, entre as escolas públicas participantes, para serem utilizados na aquisição de livros para as suas bibliotecas. Esse recurso foi adquirido através de uma lei de incentivo à cultura, a Lei Rouanet, em que algumas empresas da região destinaram parte do valor de seu imposto de renda para a Feira.

Para a distribuição do vale livro, foi levado em consideração o número de alunos matriculados em cada escola e o número de estudantes que iriam visitar a Feira. Cada escola recebeu um valor entre R$ 500 e R$ 1,9 mil para adquirir novos exemplares. “Os alunos puderam levar as obras adquiridas para suas casas, e, depois de lerem, vão disponibilizar elas para a biblioteca da escola. Com isso, cria-se a oportunidade para outras crianças ter acesso à leitura”, finaliza Jonatas.

 


*Estagiárias, sob supervisão de Jessica De Marco

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