Desafios da geopolítica ambiental são tema de palestra com professor chileno

América Latina

Texto Ana Vertuoso*

 

Quando o assunto é meio ambiente, a América Latina é um espaço privilegiado à nível internacional. Aqui está a maior concentração de biodiversidade do planeta, na Amazônia, e também as maiores reservas de lítio, um mineral utilizado para aumentar o acúmulo de energia elétrica nas baterias. Para o professor da Universidad de Santiago de Chile (Usach), Fernando Estenssoro, estes são recursos cobiçados pelo mundo todo, e é sobre isso que ele falou em sua visita a Unochapecó, na tarde de quarta-feira (21/08).

Fernando abordou as relações sociais e comerciais dos hemiférios norte e sul

No evento, organizado pelos Programas de Pós-Graduação stricto sensu em Educação, Políticas Sociais e Dinâmicas Regionais, Direito e Ciências Ambientais da Universidade, o professor ministrou uma palestra a respeito de seu novo livro, 'A Geopolítica Ambiental Global do Século XXI: Os desafios para América Latina'. Segundo a obra, a região poderá ser local de disputa nas próximas décadas, devido ao esgotamento dos recursos disponíveis no hemisfério norte e o papel exercido pela floresta amazônica na absorção de gases do efeito estufa.

"A Amazônia permite que os gases emitidos, principalmente por países do norte, sejam absorvidos. Atualmente, isso é algo gratuito, mas a Amazônia vale milhões e milhões de dólares pelo serviço ambiental que presta, permitindo que eles possam emitir gases em suas indústrias. Então, eu acredito que eles deveriam pagar uma taxa anual. Com isso, o Brasil poderia gerar mais empregos e investir em educação e saúde para seu povo".

Uma medida importante para enfrentar esta situação, é uma maior união dos países latino americanos, já que nesta região vivem apenas 6% da população global.

"Se negociamos cada país por si, saímos perdendo. China, Índia, Rússia e Estados Unidos são países continentes, ou seja, tem o território de um continente sob comando único. Aqui, o Brasil é um país muito grande, mas os outros são pequenos e o Brasil negociando sozinho também não tem muita força. Precisamos nos unir como irmãos e desenvolver nossa própria tecnologia", explica o professor. 

Nesse contexto, as universidades têm um papel fundamental. Para Fernando, é preciso criar e difundir os conhecimentos produzidos para o benefício de nossos povos, pensando nos nossos problemas, e a aproximação da Unochapecó com a Universidade de Santiago no Chile  "Nós estamos trabalhando em aproximar as universidades, por isso eu estou aqui e os professores da Unochapecó vão para o Chile. Estamos fortalecendo as redes acadêmicas da América Latina por meio de movimento muito grande que envolve o desenvolvimento pesquisas conjuntas, algo que já estamos fazendo".

 

*Estagiária sob supervisão de Gabriel Kreutz

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