Fevereiro apresenta nova queda na confiança dos consumidores chapecoenses

Resultado negativo

Em fevereiro, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 5,92 pontos em Chapecó, e passou de 102,41 pontos em janeiro, para 96,49 pontos. Os dados são do boletim divulgado mensalmente pelo curso de Ciências Econômicas da Unochapecó, juntamente com o Sindicato do Comércio (Sicom), por meio do Sicom Pesquisas.

Com o resultado abaixo dos 100 pontos, o Índice saiu da área de confiança moderada. Além disso, quase todos os subgrupos apresentaram variações negativas. Isso pode ter ocorrido porque os efeitos de renda extra, proporcionados pelo FGTS, 13° salário e remuneração de férias, já teriam chegado ao fim e, também, porque a inflação tem se mostrado elevada nesse início de ano.

Neste mês, a amostra da pesquisa foi composta por 130 mulheres e 116 homens de diversas faixas etárias e classes de renda, entrevistados entre os dias 15 e 28 de janeiro, na região central do município. A análise também foi segmentada por gênero, idade e renda de cada consumidor.

Dentre as categorias analisadas, o único grupo que apresentou crescimento na confiança foi o de consumidores com 65 anos de idade ou mais (13,68%). Já os que mais reduziram sua confiança foram indivíduos com renda entre R$1.500 e R$3.000 (-10,13%), seguidos pelo subgrupo do sexo masculino (-8,76%).

Outro dado levantado pela pesquisa mostra que as expectativas de gastos extras e gastos pela internet elevaram-se em comparação com janeiro. No mês anterior, a expectativa de gastos extras era de R$618,03, e, agora, é de R$720,45 (+16,57%). Enquanto a expectativa para gastos pela internet saltou de R$98,91 para R$120,85, o que representa um aumento de 22,18% em fevereiro. Com estes valores, as duas expectativas atingiram o maior patamar desde março de 2019.

O subgrupo de pessoas com renda acima de R$3.000 foi o que apresentou a maior expectativa de consumo pela internet (R$215,48), seguidos pelos indivíduos que têm entre 24 e 45 anos (R$157,43). Em terceiro lugar, encontra-se o subgrupo do sexo masculino, com expectativa média de gasto de R$135.

 

Subíndices

O ICC é composto por três subíndices. O Índice de Condições Econômicas (ICE), que mensura como os consumidores avaliam suas finanças e a conjuntura do país; o Índice de Expectativas de Consumo (IEC), responsável por avaliar quais são as expectativas do consumidor para os próximos 12 meses; e o Índice de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (IEIC), que avalia o grau de endividamento e inadimplência dos consumidores.

Em fevereiro, o ICE reduziu -2,96% na comparação com o mês anterior, e registrou 98,35 pontos. O subgrupo responsável pela maior redução nesse subíndice foi o do sexo masculino (-6,53%), seguido pelas pessoas com renda inferior a R$1.500,00 (-6,14%).

O IEC também registrou variação negativa neste mês (-7,49), e chegou a 95,35 pontos. Esse é o menor resultado do índice desde agosto de 2019. O subgrupo que mais contribuiu para essa queda foi o dos indivíduos com renda entre R$1.500 e R$3.000, que apresentou variação de -13,58%.

Já o IEIC registrou variação positiva de 4,76%. A pontuação deste Índice foi de 135,17 em janeiro, e com este aumento, alcançou 143,66 pontos. Este resultado é positivo e está alinhado com a redução do nível de endividados e/ou inadimplentes de Chapecó. Ao todo, 63,4% dos entrevistados estão com alguma obrigação a pagar, e 12,7% revelaram que estão inadimplentes.

O ICC e dois subíndices apresentaram resultado negativo em Fevereiro

 

Volta às aulas

Com o início das aulas se aproximando, a pesquisa de fevereiro incluiu um levantamento do valor que os entrevistados gastaram ou estavam dispostos a gastar com material escolar. Dos 246 entrevistados, 33,3% disseram que gastariam com materiais escolares nos próximos dias, enquanto 8,5% revelaram já terem feito suas compras. De acordo com eles, a média de gastos será de R$ 281,52 para aqueles que ainda não realizaram suas compras. Com relação a forma de pagamento, 63,2% demonstraram preferência pelo pagamento em dinheiro, e 16% pelo cartão de crédito.

Em geral, os consumidores já estão preparados para os gastos com esta finalidade. Por isso, muitas vezes reservam parte do 13º salário ou férias para garantir a compra à vista, ganhar descontos e não comprometer o orçamento familiar. Mesmo assim, entre os entrevistados com intenção de consumo destes bens, 71,8% indicaram que fizeram pesquisa de preço e/ou que ainda fariam antes de efetivar a compra.

 

*Com informações do curso de Ciências Econômicas

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