Texto Tuanny de Paula*

O conhecimento percorre os corredores e as salas de aula da Unochapecó, revolucionando mentes e transformando a comunidade. É também esse sentimento que move a Universidade a fomentar o espírito empreendedor por meio de espaços de aprendizado. Um deles é a Incubadora Tecnológica (Inctech). Criada em 2003, ela busca apoiar a criação de novos negócios de base tecnológica para o desenvolvimento econômico local. Atualmente já são 16 ideias graduadas e 18 em processo de incubação. Acreditando na qualidade desse trabalho realizado, a Inctech participou de um edital para concorrer ao selo do Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne). Neste mês de julho recebeu a grande notícia de que será a 18ª incubadora do Brasil a ganhar o certificado.

O reconhecimento é promovido pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), em parceria com o Sebrae. O objetivo das duas entidades é avaliar as incubadoras através de oito práticas-chave, como a sensibilização dos empreendedores, a prospecção dos novos negócios, a seleção e parceria, a qualificação, as assessorias e monitoramentos, o desenvolvimento e, por fim, a graduação dos empreendimentos.

A coordenadora da Inctech, professora Franciele Pastre, comenta que essa comprovação afirma o compromisso da Unochapecó e da Incubadora com a qualidade dos serviços prestados. "Estamos nos tornando referência enquanto Universidade empreendedora, promovendo um movimento regional de desenvolvimento".

 

Revolucionar ideias

 A empresa de Allan Cariel que o diga. O empreendimento nasceu fora da Unochapecó, mas encontrou estabilidade e orientação no final de 2017 na Inctech, quando recebeu a indicação de um amigo. "Sentimos a necessidade de aperfeiçoar o relacionamento com o mercado e planejar os caminhos a serem seguidos. Encontramos na incubadora o que precisávamos", comenta.

Com isso, diversas portas se abriram. A Neokohm, especializada em eletrônica industrial e telemetria, começou a fazer contatos e conquistar empresas que precisam deste tipo de serviço. Allan e seu colega, Leonardo Drews Montibeller, conseguem atender clientes, usar laboratórios e montar os seus produtos com ferramentas disponibilizadas pela Universidade. Eles também participam de workshops profissionalizantes e podem se inscrever em editais de fomento ao negócio.

Franciele ainda afirma que, com esse novo certificado, as empresas incubadas poderão concorrer a mais editais de fomentos para acelerar o negócio.

 

Selo Cerne

 O selo do Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne) foi criado com o objetivo de idealizar um modelo de incubadora a ser seguido. Com ele, é possível oferecer novas soluções para as incubadoras do país e também uma referência para ajudar essas empresas a obterem sucesso. 

 

*Estagiária, sob orientação de Jessica De Marco