Preço do Cesto Básico continua a aumentar, aponta boletim

Preço nas alturas

Chapecó, 16 de abril de 2025 - O Boletim de preços do Cesto Básico, desenvolvido pelo curso de Ciências Econômicas da Unochapecó e pelo Observatório Pollen, acompanha mensalmente os preços de 57 produtos e três serviços tarifados, considerando o consumo de famílias com renda entre 1 e 5 salários-mínimos. A coleta foi realizada nos dias 1 e 2 de abril em 10 estabelecimentos comerciais de Chapecó, e indicou que o consumidor chapecoense passou a precisar de 1,80 salários-mínimos para adquirir o cesto de produtos básicos em abril de 2025 

O valor é maior do que o necessário em março, que era de 1,77 salários, isso indica perda no poder de compra, com acréscimo de R$47,62 no valor do cesto em comparação ao mês anterior. O aumento acompanha a tendência nacional de inflação registrada pelo IPCA, que em março teve alta de 0,56%, o maior índice para o mês desde 2003, puxado principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas.

Entre os itens que mais encareceram estão os produtos in natura, sensíveis ao clima. O tomate foi o destaque negativo, com aumento de preço associado ao calor intenso nas regiões produtoras, o que acelerou sua maturação e reduziu a produtividade. Outro item com alta significativa foi o açúcar, impulsionado pela demanda elevada no país. Por outro lado, houve queda nos preços da cebola, devido à boa safra 2024/25, e nos ovos, que apresentaram retração de 1,18% em Chapecó, reflexo da sua sazonalidade. A batata, no entanto, já começa a registrar aumento em outras regiões, impactada pelas chuvas.

O valor total do cesto em abril foi de R$2.738,70, frente aos R$2.691,08 de março. Os produtos alimentares somaram R$2.036,17, com destaque para os in natura (R$444,91), semi-industrializados (R$780,80) e industrializados (R$810,47). Já os produtos não alimentares, que incluem higiene e limpeza, registraram alta de 13,96%, sendo os itens de higiene avaliados em R$174,49 e os de limpeza em R$80,51. A alta nos produtos industrializados pode ser explicada pelo impacto do câmbio e do crédito mais caro.

Dentro desse grupo, os custos com água, luz e gás de cozinha chegaram a R$447,53. Apesar disso, o gás de cozinha apresentou queda de 0,67%, influenciado pela redução do ICMS sobre o produto, anunciada em fevereiro pela Petrobras.

A cesta básica, composta por 13 itens monitorados pelo DIEESE, também subiu em abril, apresentando variação de 5,89%. O custo passou de R$601,74 em março para R$637,15 em abril, exigindo agora 0,4205 salários-mínimos para sua aquisição, contra os 0,396 do mês anterior. O tomate e o açúcar foram os principais responsáveis pela alta, seguidos pelo café, que teve aumento de 5% em Chapecó, acompanhando a elevação de preços em âmbito global.

 

O relatório completo pode ser acessado clicando aqui.

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Texto com informações do curso de Ciências Econômicas.

 


 

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