Reitoria e docentes da Unochapecó participam de debates no Parque Desbravalley

A programação do Parque Desbravalley na Efapi 2023 reúne instituições de ensino e expositores voltados para a inovação, a tecnologia e as conexões. O espaço colaborativo se tornou um grande hub de compartilhamento de experiências, reunindo as Instituições de Ensino Superior que atuam em Chapecó e diversas entidades do universo tecnológico, que representam todo o processo da inovação.
Na segunda-feira (09/10), o palco do Parque Desbravalley recebeu o Dia da Educação, proporcionando espaço especial para as parcerias entre as instituições.
Para abrir a participação da Unochapecó no Dia da Educação, a Pró-reitora de Pesquisa, Extensão e Pós-graduação, professora Andrea Leite Marocco, e a Diretora de Pesquisa e Pós-graduação, professora Vanessa da Silva Corralo, subiram ao palco para apresentar o contexto do stricto sensu da Uno e o fomento à resolução de problemas complexos. O debate contou com a participação da Diretora de Pós-graduação da Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc), Maria Luisa Appendino Nunes da Silva Zotti, e a mediação da analista de projetos da Incubadora Tecnológica, Paula Gimenez de Souza.
A aproximação constante entre o stricto sensu e a realidade do setor produtivo por meio das parcerias entre instituições, para a diretora Vanessa Corralo, tem aberto inúmeras possibilidades para todos os envolvidos. “Quando pensamos no cenário do Oeste, temos que lembrar que todos os mestres e doutores aqui formados, independentemente da área, desenvolveram projetos voltados para a região. Isso promove mudanças globais pois o acadêmico não é só aquele que fica dentro da Universidade, mas aquele que tem a vocação científica para sair do laboratório e conhecer o mundo da resolução de problemas”, relatou.
O movimento de parceria entre as Universidades e a formação de pesquisadores ativos na busca pela resolução de problemas, de acordo com a Pró-reitora Andrea Marocco, é uma marca do povo do Oeste. Para a docente, uma vez que a inovação seja compreendida como um método formativo comum em toda a caminhada universitária, a divulgação científica se dá de forma natural e as respostas surgem de forma mais célere.
“O cooperativismo é uma marca do Oeste catarinense, e nós percebemos que alcançamos resultados muito mais eficientes quando enxergamos esse horizonte holístico, por meio do olhar interdisciplinar, e que depende da colaboração de pessoas que estão em diferentes espaços. Buscamos soluções de forma integrada e elas chegam de forma mais rápida. Nossos egressos e nossos pesquisadores se inserem nesse mercado de forma extremamente qualificada pois eles entendem esse processo desde o início da jornada acadêmica”, refletiu Andrea.
A Aprendizagem Baseada em Experiências, metodologia de ensino da Unochapecó que está presente em todos os cursos de graduação, esteve no centro do debate na terceira rodada do Talk. A coordenadora do curso de Administração, professora Gilseli Aparecida Molozzi, abordou o case da disciplina LIVE: Laboratório Interdisciplinar de Vivências Empresariais, que trabalha de maneira integrada a resolução de problemas e a conexão entre teoria e prática.
“As demandas reais surgem para que os acadêmicos, pró-ativamente, trabalhem no seu auto-desenvolvimento como solucionadores empreendedores. É preciso experimentar aquilo que se aprende. O mercado de trabalho está se transformando com a tecnologia e a inovação e, além dos conhecimentos técnicos, é necessário aprender outras áreas e habilidades para alcançar os resultados esperados na sua formação. Vivemos uma era 4.0 e o modelo de formação deve suprir as necessidades das empresas em função da indústria 4.0”, explica Gilseli.
No decorrer das ABEx, os acadêmicos compreendem demandas reais de empresas parceiras e trabalham em soluções. “Um momento importante para que possam colocar em prática os conhecimentos adquiridos em sua formação, além de ter o contato com o mercado, suas particularidades e desafios”, de acordo com Gilseli. Desde 2019, a LIVE já abarcou mais de 200 acadêmicos de oito cursos de graduação, e já atendeu a mais de 35 demandas de 20 empresas diferentes.
O último encontro da noite foi marcado pela reunião de Reitores e gestores das dez Instituições de Ensino Superior presentes no Desbravalley. Os docentes debateram tópicos que perpassam o cotidiano da educação na atualidade, como o uso das tecnologias e das metodologias inovadoras, e trocaram experiências sobre o andamento destas transformações após a pandemia. Também esteve em pauta o fortalecimento dos vínculos que as IES mantém entre si, por exemplo, no fomento à ciência e à pesquisa.
O professor Claudio Alcides Jacoski, Reitor da Unochapecó, iniciou sua fala abordando a preocupação da Universidade com a preparação dos jovens para o mercado de trabalho, especialmente nas áreas que estão em maior expansão no presente. O processo de desenvolvimento do país, de acordo com Jacoski, precisa da condição que se dá aos estudantes.
“Se observarmos uma ou duas décadas à frente, veremos uma séria falta de profissionais da tecnologia, e a condição que temos hoje para difundir o esteio da tecnologia e das engenharias é muito difícil no país. O problema reside em uma política de desenvolvimento da educação que é falha desde a concepção da Lei de Diretrizes de Base, e não há uma clareza que nos leve a ser um país eficiente na área da inovação. É urgente mexer nessa condição para acompanharmos esse processo. Por outro lado, é grande a mudança da mentalidade que vem ocorrendo por conta desses movimentos tecnológicos, e é lógico que estejamos ligados a esse tema nas Universidades. Na Unochapecó, o processo de desenvolvimento acadêmico hoje tem esse norte, de solucionar problemas da sociedade, e é para isso que a Universidade existe”, problematizou.
O Reitor ainda deu destaque à metodologia da Aprendizagem Baseada em Experiências, que vai ao encontro do compromisso da Unochapecó enquanto universidade comunitária e instituição fundacional: o de promover a qualificação constante de toda a região. A partir daí, a missão está em promover o stricto sensu. “Se dividirmos o estado em metades, vamos ver que o Oeste tem menos de 10% dos cursos de doutorado do estado. É muito pouco. Se queremos falar de desenvolvimento de fato, o stricto sensu, a pesquisa e a ciência, são fundamentais. Precisamos fomentar as boas ideias e promover o desenvolvimento como uma cultura regional”, concluiu.
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