Unochapecó é parceira da terceira edição do Workshop Viva as Diferenças

Inclusão social

Texto Gabriel Kreutz* e Ana Vertuoso**

 

Nas mais visíveis ações, como a sinalização adequada nas ruas, e nas que nem passam pela mente de muitas pessoas, como a alimentação, a inclusão deve ser sempre levada em conta. Para que isso se torne uma realidade, a Unochapecó é parceira da terceira edição do Workshop Viva as Diferenças, promovida pela Fundação Aury Luiz Bodanese e sua mantenedora, a Cooperativa Central Aurora Alimentos, nos dias 27 e 28 de agosto.

Dentre as atividades promovidas pela Uno, uma delas foi muito especial. Na tarde quarta-feira (28/09), o projeto de Extensão da Unochapecó, Sorriso para a Vida, reuniu diversas pessoas para discutir dois fatores muito importantes na saúde de qualquer pessoa: alimentação e exercícios físicos. Durante a palestra interativa, a professora de Nutrição, Roberta Lamonatto Taglietti, quebrou diversos mitos relacionados a alimentação saudável e mostrou exemplos cotidianos de como montar pratos gostosos e nutritivos. A professora ainda explicou as principais diferenças entre as formas de processamento dos alimentos.

O professor Ricardo ensinou técnicas de respiração diafragmática

Logo em seguida, o professor do curso de Fisioterapia, Ricardo José Nicaretta, abordou a fisioterapia em diversos contextos, já que esta é uma profissão que trabalha com vários tipos de pacientes. Ao longo da tarde, foram realizadas práticas de respiração diafragmática, alongamento e relaxamento da musculatura cervical e, também, de acupuntura para melhorar sintomas de ansiedade, insônia e dor de cabeça.

Com a ajuda de acadêmicos do curso, o professor mostrou exemplos de movimentos que podem ser realizados por pessoas ativas, e também por quem possui alterações motoras e cognitivas. Por já estar no 8º período do curso de Fisioterapia, a estudante Fabrycya Skibinski Pelinzon foi uma das escolhidas para auxiliar na realização correta dos exercícios. "Muitos participantes eram autistas e cegos. Eles não conseguem sentir e tocar, então nós auxiliamos eles com o posicionamento das mãos no músculo certo para eles conseguirem sentir", explica.

Para ela, a interação com diversas pessoas é uma oportunidade que permite aos acadêmicos colocarem em prática algumas das técnicas estudadas em sala. "A Uno faz com que a gente se insira em diversos campos e áreas. É de extrema importância esse conhecimento porque é um evento grande e nós nunca tínhamos participado de algo assim. Eu me sinto muito feliz por fazer parte".

Fabrycya e os outros estudantes não foram os únicos que ficaram felizes com a atividade. Quem assistiu as palestras, também voltou para casa com muitas dicas de como melhorar a saúde. A professora Carla Costa, por exemplo, é deficiente auditiva, e conta que vai adotar várias das técnicas aprendidas. "Eu gostei, fiquei muito curiosa, e o evento me ensinou muito. Esses conselhos vão servir para utilizar na minha casa, vida e família. A partir de agora eu vou cuidar mais do almoço, a questão de comer bolachas, da quantidade e da qualidade. Isso eu vou usar bastante dentro de casa".

 

A beleza está nos olhos de quem vê

No primeiro dia do evento, na terça-feira (27/08), um momento diferente marcou o evento. Foi realizado um desfile de moda com 17 pessoas com deficiência, porém, o destaque na passarela não eram as roupas, e sim, os modelos. "O objetivo foi trazer essas pessoas de forma tranquila e natural na passarela. Todos estavam com a camiseta do evento, com alguma frase, como 'O amor move o mundo', e uma roupa que deixasse eles confortáveis", conta a professora do curso de Moda da Unochapecó, Rachel Quadros, que assessorou o desfile.

A professora Rachel Quadros tratou sobre moda inclusiva

De acordo com a professora, o desfile foi pensado há mais de dois meses, entre planejamento e organização. Quando foram selecionados os participantes, foi realizada uma imersão com eles sobre o tema do desfile: 'A beleza está nos olhos de quem vê'. "Procuramos encontrar o que é beleza para esses modelos. Trabalhos o processo inverso, primeiro com os modelos, pois são eles que fazem pulsar o desfile. Depois, quando eles aprenderam a essência da beleza, como parte do amor, da empatia pelo mundo, aí a gente criou toda parte da trilha sonora do desfile. Também, cada modelo escolheu a sua música, pois ela tem que contar um pouco daquilo que eles acreditam", explica.

A professora também ministrou uma palestra no evento, com o tema 'Moda Inclusiva: Design centrado no usuário'. Ela falou sobre o processo de pensar num projeto de moda, sem deixar de lado o conforto, a segurança e a vestibilidade. "Se a indústria da moda não mudar a maneira de criar, produzir e desenvolver, ela está fadada a perder credibilidade. Ninguém precisa de mais uma calça jeans, por exemplo, o que a gente precisa é de uma calça funcional, para uma pessoa real, que tem uma necessidade a ser resolvida. Pensar uma roupa funcional que possa ser utilizada por todas as pessoas, porém, que também acolha as pessoas com deficiência, é fundamental", completa Rachel.

 

*Jornalista do Núcleo de Produção de Conteúdo (NPC) - Unochapecó

**Estagiaria sob supervisão de Gabriel Kreutz 

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