Você conhece o Arnesto? Ele é um amigo para lá de bacana, mas às vezes faz umas coisas que chateiam. Bem, se você ainda não o conhece, nos o apresentaremos. Ele é o personagem real de uma música de A

Este Arnesto é um amigo daqueles!!!
Você conhece o Arnesto? Ele é um amigo para lá de bacana, mas às vezes faz umas coisas que chateiam. Bem, se você ainda não o conhece, nos o apresentaremos. Ele é o personagem real de uma música de Adoniran Barbosa. O compositor resolveu fazer uma homenagem a seu amigo Ernesto Paulelli, e compôs "O samba do Arnesto".

No entanto, a música trouxe alguns inconvenientes ao Ernesto. Vamos explicar por que. A canção conta que o Arnesto convidou seus amigos para um samba. Eles se encontrariam na casa dele, no Brás, mas quando eles chegaram o Arnesto não estava. No dia seguinte encontraram com o Arnesto, que pediu desculpas dizendo que não deu para esperar. Seus amigos reclamaram: ao menos podia ter deixado um bilhete.

Numa tarde de 1979, Ernesto Paulelli reclamou com o amigo Adoniran Barbosa. A canção "O samba do Arnesto" era a maior homenagem que tinha recebido na vida, disse, mas já não suportava tanta gente, nas ruas, no trem, nos ônibus, perguntando por que não havia deixado pelo menos um recado na porta avisando aos amigos que tinha saído.

O Arnesto no Coral Unochapecó

O Coral Unochapecó está trabalhando com a música "Samba do Arnesto", que passa a integrar seu repertório. Sempre que for necessário ou interessante, os coralistas buscam conhecer o máximo das canções. Pensando nisso, o preparador vocal, Ederson Vieira, encontrou a história do samba e compartilhou com o grupo.

A partitura número um da música hoje está enquadrada e pendurada na sala da casa onde Ernesto vive com o filho Zezinho, conhecido artisticamente como Peppino Blu, cantor de músicas italianas. Juntamente com a partitura há uma dedicatória: "Ao acadêmico Ernesto Paulelli, a quem dediquei esta composição quando do seu lançamento, em maio de 1955. Homenagem do autor, Adoniran." Ao lado, um "De acordo, Alocin". Alocin era o pseudônimo de Nicola Caporino, que musicou a letra.

Não podemos esquecer de mencionar a resposta de Adoniran a Ernesto sobre a situação de não esperar os amigos: se não há mancada, não há samba. "Olha que danado ele era. Sem mancada não há samba. Fiquei sem saída", conta Ernesto, hoje aos 90 anos de idade.

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