A incorporação de novas técnicas na preparação vocal e cênica é uma preocupação do Coral Universitário da Unochapecó. Pela primeira vez o grupo se utiliza de percussão corporal, que será apresentada

Coral Unochapecó integra novos elementos em suas apresentações
A incorporação de novas técnicas na preparação vocal e cênica é uma preocupação do Coral Universitário da Unochapecó. Pela primeira vez o grupo se utiliza de percussão corporal, que será apresentada na VI edição do Encontro Sul-Brasileiro de Corais Universitários. A interpretação cênica é uma prática do coral já apresentada.

Para este ano o Coral da Unochapecó preparou três peças musicais: "Bola de meia, bola de gude" - de Milton Nascimento e Fernando Brant, com arranjo de Jakson Kreuz; "A Paz", de Gilberto Gil e João Donato, com arranjo de Alexandre Zilahí; e "Nada será como antes", composição de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, com arranjo de Bontzye Schmidt Sandoval.

Atualmente o coral conta com 33 integrantes, sendo 30 cantores e três instrumentistas. Os coralistas são membros da comunidade acadêmica e desenvolvem um intenso trabalho que vai da preparação cênica e vocal à psicologia, para liberar o potencial de expressão dos artistas.

O Coral Unochapecó iniciou suas atividades em março de 1998, com o objetivo de colaborar na realização do espetáculo Ópera do Malandro, de Chico Buarque, em conjunto com o Grupo de Teatro Expressão Universitária, também da Unochapecó.
Depois de um tempo as atividades foram intensificadas, assim como as apresentações na universidade e na comunidade. No decorrer destes 10 anos, segundo a regente Maria da Glória Weissheimer, o grupo realizou apresentações em diferentes espaços e eventos, sempre com o objetivo de divulgar o canto coral, mostrando-o como algo que contagia, mas que também exige dedicação de quem o faz.

Os integrantes do Coral Unochapecó não são os mesmos nestes 10 anos, pois esta é uma característica dos grupos universitários, a qual é preciso se adaptar. Como o coral é aberto à participação de pessoas da comunidade em geral, alguns acadêmicos, depois de graduados, permanecem cantando.

Participação em projetos sociais
O grupo também atuou e segue trabalhando em projetos sociais. A partida dessas ações foi a participação no Programa Esporte e Emancipação, com o Projeto Cantando com Alegria, em 2004. Para colaborar com o processo de inclusão social de crianças de 06 a 14 anos, foram desenvolvidas oficinas de atividades ligadas à educação musical. Outros projetos vieram a seguir, mantendo o princípio de que o acesso à educação musical é para todos e não depende de talento individual. São eles: Cantando com Alegria na Maior Idade, dirigido aos idosos; Musicalidade e Emancipação, com adolescentes em situação de conflito com a lei, e Musicando, com jovens de 12 a 16 anos.

Novos rumos do canto coral

Seguir o chamado "padrão tradicional" já não é mais a tendência como há pelo menos 30 anos. Segundo Pablo Trindade, Maestro e Arranjador do conhecido "Expresso 25", de Porto Alegre, agregaram-se novos elementos ao canto coral, surgindo assim os chamados corais cênicos.

Para Trindade, no Brasil, a música popular e sua espontaneidade, colaboraram para a formação de grupos de diferentes estéticas, pois é assim, segundo o maestro, que surge a naturalidade no canto. Essa diferença é sentida de forma mais profunda quando se volta no tempo e sente-se a falta dessa naturalidade quando a música européia, influenciava ainda de forma direta a criação dos repertórios aqui produzidos, há cerca de 30 anos.

Nessas últimas três décadas também se tornaram visíveis as produções - a partir de Villa Lobos - de compositores compondo para corais. O uso de aspectos cênicos nos grupos de corais envolve outras técnicas agregadas ao canto, exigindo dos cantores maior consciência cênica. Trindade diz que esse novo aspecto leva os jovens, cada vez mais, a procurar corais.
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 Autores colaboradores: Fernanda Dreier, Tiago Franz, Adriane Rech, Antônio Marcos Zadinello, Andressa do Nascimento e Carolinne Assis.

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