Em pesquisa realizada mensalmente pelo curso de Ciências Econômicas, foi divulgado uma nova variação do valor do cesto básico no mês de outubro, em relação com o mês anterior houve um aumento de de 1,27%. Atualmente, os consumidores de Chapecó precisam de 1,61 salários mínimos para comprar o cesto, enquanto o valor necessário no mês passado era de 1,59 salários.

Conduzida nos dias 01, 02 e 03, em dez estabelecimentos comerciais de Chapecó, a pesquisa considera o consumo de famílias com renda entre 1 e 5 salários mínimos, conforme a Pesquisa de Orçamento Familiar (POF). Neste mês, destaca-se uma diminuição nos preços dos seguintes produtos em Chapecó: repolho, cebola, batata inglesa, batata doce e alface. Todas as maiores reduções são de itens in natura, produtos que mais oscilam, pois dependem de clima. Repolho, cebola e alface já apresentavam queda no mês anterior, pois são alimentos que preferem climas quentes e secos, o que aumenta a oferta e colabora para a queda do preço.

Santa Catarina é um grande produtor nacional de cebola, com estimativa da safra de 2024/2025 de 567 mil toneladas. Contudo, o preço da cebola tem caído, pois as outras regiões produtoras do país, cuja comercialização está ocorrendo nesse período, estão enfrentando problemas para dar vasão da produção para o mercado. Dessa forma, a grande oferta do produto contribuiu para a redução generalizada das cotações. 

Os maiores aumentos foram registrados para laranja suco, creme dental, aparelho de barbear descartável, fermento para pão e açúcar cristal/refinado. O aumento do preço da laranja pode estar relacionado à maior demanda da indústria, já o do açúcar pode relacionar-se ao impacto dos incêndios e condições climáticas nas regiões produtoras que devastaram milhares de hectares de cana-de-açúcar em setembro.

A variação monetária no custo do cesto básico foi de R$28,48 em outubro, com base no valor de setembro. Já na comparação com os últimos doze meses, houve um aumento de 5,65%.

E a cesta básica?

Já o valor da cesta básica apresentou uma redução de 0,63% em relação ao mês de setembro, que valia R$535,56. A cesta básica combina treze dos principais produtos que compõem o cesto básico, sendo eles: açúcar, arroz, café moído, carne bovina, farinha de trigo, feijão preto, leite, banana, margarina, óleo de soja, pão francês, batata inglesa e tomate. O cálculo da cesta leva em consideração a metodologia proposta pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

Em outubro do ano passado, a cesta básica custava R$514,97, portanto, observa-se um aumento de 3,34%. Com essa redução em outubro, os consumidores necessitam de 0,38 salários-mínimos para adquirir esses produtos, mesmo valor de salários-mínimos necessários no mês anterior. Os principais produtos da cesta básica, arroz e feijão, apresentaram aumento de 2,59% e 11,77% respectivamente neste mês de outubro, diferente do que ocorreu em setembro, em que houve uma queda em ambos os produtos. 

Confira os boletins completos na página de Indicadores Econômicos Unochapecó.

 

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Com informações do curso de Ciências Econômicas da Unochapecó.